No espaço democrático de fato há um manifesto descontentamento. Também, pudera, não é para menos. Infelizmente em Quatá as coisas desde que conheço sempre correram na contramão de direção, isto é, enquanto por exemplo João Ramalho vem se exaltando aos olhos de quem os visita, Quatá se mostra em franco retrocesso.
Quanto ao melhorar o quadro caótico em que se encontra nossa cidade... haja governos bem intencionados e competentes, não se esquecendo de que a esperança deve ser sempre a premissa.
Vamos esperar!
Não vou dizer que um dia não volto para Quatá, más hoje, depois de 50 anos, experimento uma nova realidade , tenho a dizer que em pouco tempo aqui no Estado do Mato Grosso, galguei um espaço que nos 50 anos de Quatá não foi possível. Hoje posso dizer, enquanto profissional, rompi horizontes e me sinto realizado.
Tenho sim, minhas decepções com a Política de Quatá.
Eu que sempre estendi a mão para fazer Prefeitos, vereadores na esperança de que cada novo que viesse, fosse impulsionar Quatá para o progresso e conseqüentemente para melhores condições de seus concidadãos, vi exatamente o contrário, da mesmo força que se estampa no Espaço Democrático deste site, confirmado ainda mais nas visitas que fazemos periodicamente ao longo desses quase 03 (três) anos que estou fora.
Não me aflora a possibilidade de inversão do quadro com os políticos desta geração que milita em Quatá, nem tão pouco pode se esperar com o atual pensamento de no mínimo 50% dos eleitores. É que, certamente limitados a pensamentos de pouca dimensão se dão por satisfeitos por nada.
Isto é uma realidade, mudar esta situação demanda tempo, cultura, querer, o que não se vislumbra nessa parte do eleitorado. Embora não resignado com os números da última eleição, sento-me muitas vezes como se fosse o filho abortado. Somente supero isso tudo pelo fato de entender que nossa cidade não tem culpa pelo descaso que foi levada e seu povo, em conseqüência, ficou a mercê do desenvolvimento. Nisto, ainda que como filho abortado, me curvo diante da mãe, porque mãe é mãe e a gente não esquece por mais que apanhe.
Espero, portanto, que Quatá venha a florir.
Irineu Marcelo
09 de Maio de 2004