Um dos pioneiros de Quatá |
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Galeria dos Grandes - Crônica de prof. Adelmo Pires Barbosa - Publicado na Folha de Quatá - Jornal de Paraguaçu Paulista - Texto enviado por Nancy Conde, sua filha |
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Outro grande destaque desta comunidade, foi o sr. Agostinho Conde. Português de nascimento, porém dedicou grande parte de sua vida em prol de nossa cidade. |
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Foi um dos maiores comerciantes que Quatá já teve, pois foi proprietário da famosa "Casa Portugal", estabelecimento de secos e molhados, contando ainda com uma rica seção de artigos finos para presente, entre prataria, cutelaria, porcelana, etc. Tudo importado e da melhor qualidade. Sua loja, situada na Avenida Rui Barbosa, onde funciona a Famacarlo, possuía uma linda vitrine, toda iluminada, onde expunha grande parte da mercadoria. Foi também comprador de café no tempo em que Quatá era um dos maiores produtores de café do mundo, sim , por volta de 1948 Quatá esteve no "ranking" dos 10 maiores produtores de café, o que muita gente não sabe. (Veja mais sobre o assunto no Menu / História / Sumário)Agostinho Conde, além de ator de teatro nesta cidade, foi também o continuador da arte, atuando como diretor de peças teatrais, junto aos jovens, por volta de 1953. Também fez parte de várias comissões de festa da Igreja Matriz. Era poeta e também pintava muito bem. Existe em sua coleção uma poesia dedicada a Quatá, auxiliando ainda no hino de Quatá , como tão bela melodia. (Veja mais sobre o assunto no Menu / História / Hino) |
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Acima, recebendo uma justa homenagem |
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Quando deixou seu estabelecimento, Agostinho Conde ainda esteve na representação comercial de vários negócios ( seguros , investimentos, etc...). Foi um dos fundadores da Casa dos Velhos, onde também foi presidente e um de seus grandes batalhadores por vários anos. Integrou com muita dedicação a conferência Vicentina N.S. das Dores. Era o responsável pela distribuição de alimentos enviados pelo governo dos Estados Unidos da América do Norte, destinado aos pobres socorridos pela conferência. Agostinho Conde deixou sua marca indelével em nossa comunidade, onde deu tudo de si para o engrandecimento da cidade, mostrando sempre sua personalidade , seu espirito altruísta acima de tudo e uma força de vontade fora de comum até os últimos dias de sua vida. Ainda, protótipo inegável de chefe de família. Parabéns Agostinho Conde, você foi grande demais, e como português, foi um dos maiores quataenses que esta terra viu orgulhosamente passar. |
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Veja abaixo poesia feita para o Álbum Histórico de Quatá , organizado pelo dr. Bruno Giovannetti. |
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Como outras mil, tu surgistes um dia
Um mesclado de raças e suor te integraram Punhado de bravos, que te amavam e bem-diziam O seu sonho , sua fé, trabalho insano realizaram Crescestes, tornando-te bela e donairosa Cheia de mocidade, viço, vigor e beleza Vias apenas no futuro, Castelos, prazeres e grandeza No entanto como não podias deixar de ser, A tempestade, a dor reclamavam o seu quinhão E tu, óh ! doce Quatá, princesa linda, Em pedaços vistes partir teu coração Achastes, porém, forças bastantes No momento crucial de sofrimento E, num ímpeto de coragem varonil Tua estrela reapareceu no firmamento Aproveitas o brilho astral que te aponta O futuro grandioso, belo, altaneiro Reclamando o direto próprio de tua raça Um lugar ao sol, no torrão brasileiro Quatá, 22 de maio de 1953. Agostinho Conde |
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