Qual sua missão na vida ?>
Algumas pessoas crescem , formam família, trabalham , cumprem sua missão e pronto.
Já outras , além de sua missão particular, tem desafios e encontram disposição para contribuir com a sociedade.
Uma dessas pessoas é a Márcia, que depois de aposentada tem se dedicado com maior intensidade para contribuir como Protetora de Animais.
Desde pequena teve muito contato com animais de estimação, com a natureza e credita principalmente à sua mãe esta educação de respeito com os seres vivos. Márcia, a caçula da família, junto com seus irmãos, Erineu (conhecido para alguns como Pio e para outros Neo ) e Vera sempre tiveram cercado de cachorros e gatos. Na adolescência sonhava ser Veterinária, mas como toda família simples do interior ,a condição financeira não possibilitou a realização deste sonho, mas nem por isto Márcia deixou de estudar e optou por fazer Letras que também era uma sua outra paixão. Naquela época teve de focar nos estudos , pois trabalhava durante no dia e cursava a faculdade à noite, nem por isto deixava de levar ração para algum animal abandonado na rodoviária e nos locais onde passava.
A humildade típica dos grandes não permite que a Márcia se vanglorie desta iniciativa sozinha , mas Márcia deu a ignição para a formação do Grupo dos Protetores de Quatá , gente do bem, que começou numa união de pessoas que realmente amam os animais. O tempo todo, repetidamente, insistentemente Márcia divide os méritos com seus amigos e voluntários Protetores de Animais que não medem esforços para , de coração, fazer o bem na valorização, conscientização da população e proteção dos animais, mesmo que para isto muitas vezes é preciso cobrar aqueles que se colocaram à frente dos cargos públicos. No ano de 2018 , assim que tiveram conhecimento da Lei Municipal 2.805 que dispõe sobre o bem estar dos animais , intensificou a batalha para se conseguir a execução desta lei. “Primeiro passo foi nos reunirmos com o prefeito e verificar o que poderia ser feito” , comentou Márcia.
Márcia conta que não obtiveram respostas concretas e por isto decidiram ir até a Promotoria e pedir suporte pelo menos para que as Castrações gratuitas fossem feitas e também controle de Zoonoses. E, enquanto aguardavam a resposta da justiça , decidiram por bem alugar uma casinha, tirando do próprio bolso os custos e ali recolher os animais em estado mais crítico, principalmente as fêmeas prenhes. MISSÃO – PRIMEIRO DESAFIO “Nosso trabalho consiste em resgatar estas fêmeas, cuidar delas e dos filhotes e depois fazer um esforço para doar os filhotes“ Márcia comenta que, depois de castrar a fêmea nem sempre consegue pessoas dispostas pela adoção devido a idade do animal. Os filhotes, apenas as fêmeas, vão com vale castração com a garantia que depois de seis meses eles possam completar o prometido. Os desafios deste grupo não param aí, também ajudam os protetores independentes, aqueles que têm muitos animais. Doamos ração, pagamos consultas e medicamentos e além disso também colocam algumas casinhas de cachorro nas calçadas quando o morador solicita para cuidar de cães de rua e levando inclusive alimentos.
O site pergunta: e depois disto, missão cumprida? Márcia responde: “Procuramos acompanhar a vida destes animais até seis meses pedindo fotos, vídeos e fazendo visitas para confirmar o bom trato”. “Nestes anos foram feitas várias feiras de adoção com bastante sucesso. Calculamos que em três anos já conseguimos tirar mais de 250 animais das ruas e do abandono.”
SONHOS
“Temos muitos sonhos e projetos e um deles é que a castração gratuita seja oferecida em uma quantidade que realmente atenta a população que não tem como pagar. A quantidade que a prefeitura oferece é insuficiente”
Quando se trabalha com a “fome” a tensão aumenta, pois o animalzinho tem que se alimentar ontem , hoje, amanha, todo dia, o mês todo e aí as doações não tem sido suficiente.
PLANOS PARA O FUTURO
Neste ano , criou-se legalmente a Ong com CNPJ e se conseguiu em agosto o CEREA , um espaço doado pela prefeitura, contudo este espaço ainda precisa de reformas como construção de baias, gatis, etc.
Por lei, para se receber uma verba municipal , só é possível após 2 anos de funcionamento com o CNPJ ativo , antes disto não se podem destinar recursos de emendas parlamentares o que significa que por bom tempo se precisará da Solidariedade mais intensiva da sociedade.
A carência é constante de sócios contribuintes e cada vez se precisa mais a participação da sociedade que possam colaborar com qualquer quantia para a compra de ração e medicamentos.
Parte do GRUPO prefere ficar como voluntário e poucos fazendo parte da Associação de Protetores de Quatá .
Márcia comenta: “Temos um longo caminho pela frente até chegarmos onde queremos: uma comunidade consciente de suas responsabilidades, na qual não ocorra mais abandono ou maus tratos a animais, e também lutamos por Castrações gratuitas efetivas que atendam a todos os animais da população de baixa renda” A cada dia é um novo desafio e precisa-se de parcerias CONTÍNUAS pois as necessidades são constantes.
“A sementinha já foi plantada! Basta o poder público e a população unirem as forças com um único objetivo: o bem estar dos animais”, desabafa Márcia. Por esta luta, o site de Quatá, parabeniza a Márcia Regina e a destaca como PERSONALIDAE de nossa cidade, merecendo todo nosso respeito a ajuda pela iniciativa, seu empenho e EXEMPLO que tem dado em prol aos animais e a nossa sociedade. Ao Grupo de Voluntários e Protetores recebem aqui nossos parabéns e que continuem apoiando essa linda missão. Para doações: