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Juvenal de Oliveira Neves


Juvenal de Oliveira Neves, constitucionalista e herói brasileiro
(primeiro da direita para esquerda)

Juvenal de Oliveira Neves nasceu em Bom Jesus dos Meiras , Brumado-BA , em 18 de abril de 1911.
 
Após morar em outros estados como Minas Gerais e Paraná, chegou em Quatá com uma numerosa família  composta por sua mãe, irmãos e irmãs. Seu pai já era falecido naquela época. Começaria naquele momento um longa história de amor com a cidade.
 
Em uma dessas festas que tinha na cidade de Quatá ,  Juvenal conheceu sua esposa que morava na Fazenda dos Dalla Pria , dona Ditinha. Juvenal tinha uma habilidade especial, sabia entalhar e trabalhar a madeira como ninguém. É difícil falar de móveis e casas em Quatá e não lembrar o nome de seu Juvenal, conhecido na cidade carinhosamente como Juvenal Baiano . Ele era carpinteiro, construiu várias casas de madeiras além da arquibancada ,que resiste impecavelmente ao tempo, do Quatá Futebol Clube, time o qual foi presidente por vários anos . 

Passado um tempo montou uma marcenaria, a princípio quase tudo era manual, depois colocou máquinas adequadas tornando-se uma fábrica de móveis,  a " Marcenaria Neves " . Sua família estava sempre presente e seus filhos o ajudavam .
 
Juvenal e Ditinha tiveram seis filhos, quatro homens e duas mulheres.  Sr. Juvenal sempre foi muito participante de muitos eventos realizados em Quatá, tinha orgulho da cidade abençoada. Por algumas vezes foi vereador na cidade e até candidato a prefeito. Não precisa falar como foi grande sua contribuição para nossa cidade.

Homem de trabalho, dignidade e corajoso, defendia bravamente os ideais que acreditava. Sr. Juvenal participou ativamente da  Revolução Constitucionalista de 1932, e sobre isto contava histórias pessoais muito interessantes para seus filhos . 

A Revolução Constitucionalista foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre Julho e Outubro de 1932 visando à derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e à instituição de um regime constitucional após a supressão da Constituição de 1891 pela Revolução de 1930.O estopim da revolta foi a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo, assassinados por partidários governistas em 23 de maio de 1932, dando origem a um movimento de oposição que ficou conhecido como MMDC:
Mário Martins de Almeida (Martins) 
Euclides Bueno Miragaia (Miragaia) 
Dráusio Marcondes de Sousa (Dráusio) 
Antônio Américo Camargo de Andrade (Camargo) 
Esse fato levou à união de diversos setores da sociedade paulista em torno do movimento de constitucionalização. Neste movimento, tanto se uniu a oligarquia que pretendia a volta da supremacia paulista no poder quanto segmentos que desejavam a implantação de uma verdadeira democracia no Brasil.
Em 9 de julho eclodiu o movimento revolucionário, com os paulistas acreditando possuir o apoio de outros Estados, notadamente Minas Gerais, Rio Grande do Sul e do sul de Mato Grosso, para a derrubada de Getúlio Vargas, contudo nesta luta o Estado de São Paulo acabou ficando praticamente sozinho sem o apoio dos outros estados. Porém o término da revolução constitucionalista marcou o início do processo de democratização. Em 3 de maio de 1933 foram realizadas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte quando a mulher votou pela primeira vez no Brasil em eleições nacionais. ( Saiba mais clicando aqui).

Todo ano em nove de julho, sr.Juvenal  viajava à São Paulo a fim de participar das Comemorações e desfile homenageando os heróis que defenderam São Paulo e foram os reponsáveis pela democracia brasileira.

Juvenal, apoiado por sua esposa e filhos, fez  jus para ser tratado em Quatá como grande personalidade, comerciante, político, desportista e cidadão exemplar. Foi apaixonado pela nossa Quatá, faltando apenas o reconhecimento dos políticos atuais na consolidação de uma honraria,  de seu respeitável nome em um feito importante da cidade como uma quadra poliesportiva , avenida ou quem sabe até um conjunto habitacional, já que construíra tantas casas...

Sr. Juvenal deixou um legado: o amor de seus parentes, a saudade de seus amigos e o reconhecimento dos verdadeiros quataenses.

Faleceu em 18 de agosto de 1988 em Quatá aos 77 anos e sempre será lembrado com muito orgulho pelos quataenses como um grande homem.
Um herói brasileiro, aquele menino baiano de fibra, que por amor,  virou Quataense.


Baseado nos textos de Maria Therezinha de Oliveira Neves Perroni (tequinhaneves@hotmail.com) , Íris Regina Neves Perroni e Stella Maris de Oliveira Neves Luiz ( flanevs@hotmail.com ), os quais agradecemos . Foto fornecida pela Acqua-Quatá