Como tantas outras, a cidade de Quatá recebeu este nome da estação ferroviária Sorocabana, que no início
do século foi construída pelo comendador José Giorgi desde Salto Grande até
às margens do Rio Paraná. A intenção da ferrovia era escoar a madeira do Mato
Grosso até a Capital de São Paulo.
Na foto acima , o que hoje seria uma atitude não ecológica, na época era de orgulho: cortar árvores de grandes dimensões.
Os engenheiros, responsáveis pela construção da estrada de ferro,
encontraram na floresta grande quantidade de um tipo de macaco bugio que emitia um som
parecido com quatá, qua....tá.... Quem tiver a oportunidade de ir ao zoológico de São
Paulo, poderá presenciar um macaco aranha coatá. Acho que as coisas poderiam se encaixar, não fosse a
comprovação que eles habitavam na Amazônia e América Central.
Já alguns historiadores falam de um macaco
bugio na região oeste do Estado de São Paulo que parece mais coerente, e que talvez por apelido e dizeres naquela época,
poderiam chamar de coatá ou cuatá mas são espécies diferentes.
Colonizadores portugueses, principalmente, começaram a chegar comprando grande latifúndios devido o interesse inicialmente pela madeira e depois pelo café.
Em 1922, Dr. Bruno Giovanetti foi incumbido de fazer a demarcação do patrimònio, sendo Quatá uma das primeiras cidades PLANEJADAS com avenidas amplas e duas belas praças.
Os fantásticos resultados obtidos das primeiras colheitas de café provocou um grande corre-corre a procura de glebas disponíveis e em pouco tempo todas já estavam colonizadas.
A derrubada da mata para plantio de café era uma realidade.
Foto tirada em Tupã, cidade vizinha de Quatá
Só a Fazenda Santa Lina, hoje pertencente a Zilor ( Grupo Zilo Lorenzeti),
chegou a plantar um milhão de pés de café.
Grande movimentação ocorria na estação de trem de Quatá, chegando gente para fazer
negócios, embarcando café e em grandes quantidades, e por sua vez , os parentes dos
instalados em Quatá começavam a chegar cada vez em número maior, sendo eles
portugueses, italianos, espanhóis e mais tarde japoneses.
Nunca Quatá viveu uma época tão maravilhosa economicamente e de oportunidades como entre os anos de 1920 à 1930 , sempre de crescimento e prosperidade.
Em 1926, dia 16 de janeiro, era criado o município de Quatá ( desmembrado de Conceição de Monte Alegre). O município de Quatá abrangia os distritos de João Ramalho e Rancharia e tornou-se famoso pela produção e pela qualidade do café aqui produzido, chegando até a ficar , PASMEM, em primeiro lugar em todo o Brasil.
é isto aí, Quatá já foi a capital do café !
A revolução de 30 foi um episódio que aniquilou Quatá , e foi o causador principal das mudanças de rumo nesta espantosa ascendência que Quatá vinha tendo.
Os motivos mais fortes foram a queda do preço de seu principal produto e a proibição do plantio de café por 10 anos. Acreditem se quiser , mas no passado era assim que se regulava o preço, proibindo de se plantar e até mesmo cortando pés de café, isto foi na época do primeiro governo de Getúlio Vargas.
Tempos difíceis caíram sobre Quatá, com tudo isto que aconteceu, cortando pés de café, proibindo de plantar, e como desgraça pouca não tem graça, grandes geadas diminuíram as produção em mais de 80%. A recuperação economia só deu sinal de vida após 1945, terminado a segunda guerra mundial, mas as coisas já não eram a mesma de antes.
Em 13 de Junho de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, administrado por Antônio Silva , foi instalada a comarca de nossa Cidade, data que até hoje comemoramos.
Foto da Avenida Rui Barbosa no dia de sua Comarca. (Edifício comercial dos Rubacow, hoje dos irmãos Valejo)
Foto no dia da comarca. Antiga Casa Rubacow, (hoje atual Casas Valejo)
Baseado no texto de Agostinho Conde - Histórico da Cidade de Quatá - Janeiro de 1978 - Fotos José Gil de Oliveira , Acqua e Carlos Eduardo Palazzi .